Um levantamento realizado pela NielsenIQ|Ebit revelou que o e-commerce voltou a crescer na Black Friday. Na verdade, o mercado estava apreensivo em relação ao desempenho das vendas on-line do país em 2021 devido à inflação elevada. Ao mesmo tempo, os brasileiros também estão enfrentando juros mais altos.
Não seria surpresa se as vendas caíssem na Black Friday deste ano. No entanto, as vendas on-line afastaram esse fantasma, pelo menos por hora. Em resumo, o e-commerce faturou R$ 15,2 bilhões em novembro deste ano, contra R$ 12,8 bilhões no mesmo mês de 2020, crescimento de 19%.
Vale destacar que os comerciantes espalham promoções durante todo o mês de novembro. Por isso que o levantamento analisou o desempenho ao longo dos 30 dias do mês. Aliás, a NielsenIQ|Ebit também revelou que o ticket médio das compras realizadas também cresceu na comparação anual (+3%).
Da mesma forma, o número de pedidos avançou no período (+13%), passando de 22,8 milhões para 25,8 milhões em novembro deste ano. No entanto, ao considerar apenas a data da Black Friday, o número de pedidos recuou 9%, para 5,6 milhões. Por outro lado, o ticket médio subiu no período (+16%), bem como o faturamento (+5%), que totalizou R$ 4,2 bilhões.
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Além disso, a pesquisa revelou uma redução na “dependência” que o mês de novembro tem da Black Friday. Em suma, a data concentrou 36% das vendas do mês em 2019, mas esse percentual caiu para 31% em 2020 e para 28% em 2021. Inclusive, a pandemia da Covid-19 provocou uma forte mudança nos hábitos de consumo, com o crescimento das compras on-line.
“A limitação do comércio físico no ano passado criou uma base de comparação alta e que foi superada neste ano. O resultado foi bem positivo”, disse Marcelo Osanai, chefe de e-commerce da NielsenIQ|Ebit.
Já no varejo físico, ainda haverá uma apuração dos números. A saber, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) faz uma medição do fluxo de consumidores nas lojas durante a Black Friday. E a expectativa é de queda das vendas.
“O faturamento do varejo com a Black Friday certamente cresceu em relação ao ano passado, mas o volume de vendas caiu. Nossa projeção é de queda de 6,5%”, disse Fabio Bentes, economista da CNC.
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