Ontem (03), o presidente da Colômbia, Iván Duque, abordou sobre o consenso que todos devem ter para que criem as reformas tributárias da forma adequada para o povo. Contudo, nesta madrugada (04), vários protestos estouraram e a polícia teve que fazer o uso da força e do fogo para que conseguisse controlar. A ONU, Organização das Nações Unidas, criticou a ação e disse que era inadmissível.
O Comitê Nacional de Greve da Colômbia lembrou hoje que o presidente não levou em consideração o consenso que prometeu que iria entrar com a população.
Os índices de pobreza no país aumentaram em mais de 6% somente em 2021, fazendo com que 3,6 milhões de pessoas passassem a viver em condições precárias. Um dos pontos mais questionados é o aumento abusivo dos impostos sem o retorno deles em benefícios sociais.
“Isso mostra o caráter antidemocrático deste governo do presidente Duque, que não gosta do diálogo com aqueles que pensam de maneira diferente. Ele gosta do diálogo com aqueles que se aproximam de sua política”, disse o presidente da CUT (Central Unitária dos Trabalhadores), Francisco Maltés, em entrevista coletiva.
Duque é acusado de olhar apenas para as classes altas e para os seus interesses, sem levar em consideração aqueles que vivem em classe média ou baixa.
Novos protestos e mais violência na Colômbia
Amanhã (05), os grupos de oposição devem realizar um novo protesto e, assim como no último sábado, devem dominar as ruas.
“No momento temos 1.089 casos de violência policial, dentro dos quais conseguimos identificar pelo menos 124 feridos, 726 detenções arbitrárias, seis atos de violência sexual, 27 homicídios, 12 jovens perderam a visão e mais de 45 defensores dos direitos humanos tiveram sua capacidade de exercer esse trabalho limitada”, denunciou Martha Alfonso.
Muitos casos de abuso de autoridade dos policiais estão sendo denunciados na internet. Dessa forma, algumas vítimas devem ir em busca de seus direitos de livre expressão.
Muitos conflitos estão se espalhando ao redor do mundo pelos mais variados motivos. Um exemplo é a Palestina que está fazendo manifestações para ter de volta o direito ao voto que já foi anulado por mais de 15 anos em Israel.