Com a reprise da Globo, os espectadores puderam relembrar a substituição de Drica Moraes por Marjorie Estiano e a veterana diz que ficou ‘espantada’ com atitude. Em entrevista ao GShow, a artista diz que foi muito difícil abandonar o projeto e contou sua reação ao descobrir a medida que os autores tomariam para a personagem Cora continuar na história.
Drica Moraes ficou ‘espantada’ com substituição
Na época, Drica precisou se ausentar por problemas de saúde. “A Cora foi um dos grandes presentes que eu tive na vida. Eu já estava completamente curada da leucemia que eu tive em 2010. Já havia feito a novela Guerra dos Sexos e Império foi a primeira vilã de novela das 21h que tem uma jornada de trabalho bastante intensa, que me demandou muita energia. Então, a partir do capítulo 164, eu sofri uma falta de voz, uma fonia aguda e não consegui mais comparecer às gravações. Tirei uma semana de descanso, mas, mesmo assim, a voz não voltava”, relata.
Ademais, a atriz relata a tristeza por se afastar do projeto. “À princípio, foi uma solução que me causou espanto. O Brasil e eu não sabíamos se aquilo ia dar certo, nem a emissora, nem os diretores e nem o autor. Foi uma saída plausível. Fiquei triste por não poder acompanhar o fim da novela, pois foi um dos trabalhos que mais me trouxe realização, foi um grande personagem. Mas entendi que, naquele momento, era o que havia para ser feito”, conta.
Retorno
Drica é questionada se enxergaria uma outra solução para a sua saída da novela, se as gravações acontecessem nos dias atuais. A atriz, então, brinca com um retorno triunfal: “Hoje em dia, os tempos estão tão loucos que acho que eu poderia ter voltado no final, na última semana, e ter desmascarado a falsa Cora. Tudo está tão absurdo nos tempos atuais que a CPI da Cora seria até interessante. Hoje em dia, essa história é passado. Virou outra história para contar”, diz.
Já sobre reviver a personagem da reprise, a artista afirma que está tendo uma percepção diferente de algumas coisas: “Está sendo uma experiência maravilhosa rever a novela tantos anos depois. A gente percebe que o mundo mudou bastante de lá para cá, principalmente sobre a relação homem-mulher, a instituição casamento e o próprio machismo estrutural que reina no nosso país. Mas a novela é uma fotografia de um tempo – e é maravilhosa”, aponta.