João Doria, prefeito de São Paulo de 2017 a 2018 e governador do mesmo estado de 2019 a 2022, após vitória no segundo turno de Luis Inácio Lula da Silva, afirmou acreditar que a classe empresarial brasileira não terá dificuldades em dialogar com o governo petista.
“Assim que a política econômica e os gestores dessa política econômica do governo Lula forem definidos, o empresariado brasileiro deve seguir adiante com as suas propostas e em um entendimento pacífico e sereno com o novo governo, sem nenhum viés, nem ideológico, nem partidário”, afirmou.
Doria de volta à classe empresarial
Doria deixou a política no mês passado e se retirou do PSDB, após seis anos de vida pública. Dessa forma, Doria retornou ao setor privado como consultor da D Advisors e de conselheiro de sua empresa familiar, o Grupo de Líderes Empresariais (Lide).
O Lide tem 16 unidades no exterior realizando eventos que promovem o Brasil e atraem novos investidores, ao mesmo tempo, em que contribuem para a economia sem nenhum tipo de partidarismo.
Importante destacar que Lide terá reuniões entre os dias 14 e 15 deste mês em Nova York, reunindo ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, além de representantes de bancos e fundos americanos que possuem interesses e investimentos no Brasil, planejando ampliar nos próximos anos.
O encontro visa discutir as necessidades e os desafios que o próximo governo enfrentará em termos de justiça e respeito à liberdade e democracia a partir de 2023, ano que promete ser desafiador em todas as áreas da sociedade brasileira.
Classe empresarial e Lula
De acordo com Doria, a classe empresarial não terá dificuldade em se engajar ou dialogar com o novo governo, embora parte do empresariado tenha se posicionado para apoiar Jair Bolsonaro.
“O empresariado tem que empresariar. Tem que desenvolver os seus negócios, ampliar os seus campos de atuação. É assim que o empresariado faz. O mercado competitivo exige isso. E ao exigir isso faz com que empresários não tenham que ter vínculos, nem partidários, nem ideológicos. Os vínculos são com as suas empresas, com os seus negócios, seus funcionários, seus colaboradores e seus acionistas”, afirmou o ex-governador de São Paulo.
Além disso, João Doria dá como certa a transição do governo. Em suma, uma vez identificada a política econômica e a equipe do governo Lula, o empresariado brasileiro deve avançar com suas propostas em setores como o agro, indústria, comércio, serviços e tecnologia.