Dono do tríplex que foi atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante as investigações da Operação Lava Jato, Antônio Nóbrega, de 63 anos, um homem que foi sorteado no site “Pancadão de Prêmios” e ficou com o imóvel, revelou que não vai conseguir manter o apartamento.
O imóvel foi sorteado no último sábado (28), depois de oito meses de campanha e uma rifa que custava R$ 19. O site “Pancadão de Prêmios” utilizou como base números da Loteria Federal da Caixa e anunciou em suas redes sociais que Antônio Nobrega havia sido o contemplado.
Nesta quarta-feira (01), em entrevista ao portal “UOL”, o homem, que trabalha com empreendimentos imobiliários, revelou que recebeu a informação de que havia ganhado o imóvel enquanto assistia a um jogo de futebol e custou a acreditar que havia sido contemplado.
De acordo com ele, após a notícia, ele ficou “atordoado”, ainda mais quando parou para pensar no que faria com o imóvel. De acordo com ele, que vive na Zona Leste de São Paulo, ele pretende se desfazer do tríplex, que é avaliado em R$ 3 milhões.
Com o dinheiro, ele diz que vai investir no próprio ramo imobiliário com o qual trabalha. Isso acontece porque o sortudo diz que não tem condições de manter o imóvel e alugar o local seria difícil, pois a operação teria um alto custo.
“Triplex de Lula”
O apartamento, que agora é de Antônio Nobrega, custou uma pena de oito anos ao ex-presidente Lula. Isso porque ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser o dono do imóvel, que fica localizado no Guarujá, no litoral de São Paulo – segundo o órgão, o imóvel foi dado a Lula como propina vinda da empreiteira OAS em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras.
Por conta da condenação, o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), quem comandou a ação contra Lula, determinou a venda do imóvel em um leilão público. No leilão, o tríplex foi arrematado pelo empresário Fernando Gontijo, por R$ 2,2 milhões. Um tempo depois, o comprador resolveu sortear o apartamento.
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as condenações de Lula, pois entendeu que, além de Sergio Moro ser considerado suspeito, a competência jurídica do caso não pertencia à vara de Curitiba, mas sim de Brasília. Foi essa decisão que fez com que Lula retomasse seus direitos políticos e pudesse ser candidato neste ano.