Agentes da Polícia Federal (PF) foram até a casa de Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria Bitcoin, para prendê-lo na manhã desta quarta-feira (25). O empresário, que é acusado de ter praticado o crime conhecido como pirâmide financeira e movimentado milhões de reais, foi detido em uma mansão no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Em nota, a PF revelou que, além da entidade, participaram da ação, intitulada “Operação Kryptos”, o Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal. Segundo informações veiculadas no jornal “Bom dia Rio”, da TV Globo, na casa do empresário foram aprendidas notas em reais, dólares e euros e até mesmo barras de ouro.
Ainda conforme o jornal, agentes da PF afirmam que nem mesmo nas operações da Lava-Jato haviam um volume tão grande de dinheiro vivo quanto na casa de Glaidson Acácio, dono da GAS Consultoria Bitcoin – a suspeita é de que o montante total ultrapasse R$ 20 milhões.
A operação da PF
Segundo a Polícia Federal, ao todo, a corporação pretende cumprir nove mandados de prisão e 15 de busca e apreensão. A operação está sendo realizada no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Ceará e no Distrito Federal.
Além do empresário, a informação é que um outro homem foi preso. De acordo com a Polícia Federal, ele foi capturado no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, tentando embarcar para Punta Cana, na República Dominicana.
Relembre o caso de Glaidson Acácio
O MPF revelou, na segunda-feira (23), que estava investigando se a empresa GAS Consultoria Bitcoin, companhia com o maior número de investidores na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, vinha praticando golpes do tipo pirâmide financeira.
De acordo com o órgão, o foco era Glaidson Acácio, dono da empresa, alvo de uma denúncia há dois anos por possível prática do crime utilizando uma aplicação disfarçada em bitcoins, uma criptomoeda.
Segundo o órgão, a investigação apurou que Glaidson Acácio prometia lucros de 10% por mês nos investimentos em criptomoedas. No entanto, a GAS Consultoria Bitcoin não tinha site, rede social e seu telefone disponível na Receita Federal sequer funcionava.
De acordo com o MP, segundo um registro do Ministério do Trabalho, até 2014, o preso desta quarta (25) recebia cerca de R$ 800 por mês como garçom. Em abril deste ano, no entanto, a vida de Glaidson Acácio estava bem diferente. Prova disso é que, durante uma operação, a PF apreendeu mais de R$ 7 milhões em Búzios, também no Rio de Janeiro.
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