A Polícia Civil revelou, nesta quarta-feira (18), que prendeu a dona da clínica de reabilitação fechada em Pindamonhangaba, em São Paulo, onde estava internado o ator Sérgio Hondjakoff, o “Cabeção”, de Malhação.
Segundo a corporação, a prisão foi realizada na terça-feira (17), no interior paulista, e aconteceu após ela ter sido denunciada à Justiça pelo Ministério Público (MP) por conta do sequestro do artista e de outras 42 pessoas.
Ainda conforme as informações, além dela, identificada como Danielle do Amaral Calino, outros dois funcionários, presos no dia em que as vítimas foram resgatadas, continuam detidos.
Relembre o caso
Assim como publicou o Brasil123, o caso veio à tona no último dia 05 de agosto, quando a Polícia Civil, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, encontrou o ator e as outras 42 pessoas em situação de cárcere privado.
De início, após a notícia ter sido publicada pelo portal “G1”, o artista divulgou uma nota negando o fato, dizendo que não estava internado e muito menos que havia sido resgatado. Todavia, após a repercussão do caso, ele gravou um áudio aos fãs e admitiu a história.
Conforme as investigações, o local onde as vítimas estavam era conhecido como uma clínica de reabilitação, mas, segundo o MP, elas estavam lá contra as suas vontades, o que é proibido por lei. Além disso, elas não tinham mais contato com seus familiares.
De acordo com “Cabeção”, ele e seus colegas de clínica eram mantidos presos. O ator contou em depoimento, revelou o MP, que ficou internado de abril a agosto e que somente às vezes conseguia sair do local. Além disso, ele também revelou que ajudava a cuidar dos pacientes com deficiência mental que não tinham acompanhamento médico.
Internação passa dos mil reais
Segundo o MP, apesar de nenhuma estrutura, os familiares pagavam valores de R$ 800 a até R$ 1,2 mil pela internação. Em troca, os pacientes, além de ficarem presos no local, recebiam uma alimentação desbalanceada, à base de salsicha e hambúrguer.
Leia também: Golpistas prometem descontos em faturas para atrair vítimas