Uma péssima notícia surgiu nesta sexta-feira (12): seis mil funcionários devem ser demitidos até o final do ano, informou a Via Varejo, dona de marcas como Casas Bahia e Ponto Frio – hoje, a companhia está tentando se reestruturar para diminuir as dívidas e voltar a lucrar.
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A informação sobre o alto volume de demissão consta em um plano de negócio da empresa que inclui, além da demissão de milhares de colaboradores da companhia, a redução de até R$ 1 bilhão em estoques neste ano e uma alteração na forma de captação para financiar o crediário – além das medidas citadas, a ideia da Via Varejo é, até o final deste ano, conseguir fechar de 50 a 100 lojas espalhadas pelo Brasil.
Números recentes mostram que a reestruturação dos negócios vem somada aos resultados do segundo trimestre de 2023 da companhia, que registrou ter tido um prejuízo líquido de R$ 492 milhões. Esse resultado acabou revertendo o lucro de R$ 6 milhões que havia sido apresentado no mesmo período de 2022.
Conforme os dados revelados pela empresa em um comunicado enviado aos seus investidores nesta sexta, a companhia teve um ebitda ajustado de R$ 469 milhões, o que, na prática, significa uma queda de 32% frente ao reportado de abril a junho de 2022, com margem de 9%, 2,7 pontos porcentuais (p.p.) menor do que o registrado no ano passado. Ainda segundo o divulgado, a receita líquida da companhia, por sua vez, caiu 2%, chegando a R$ 7,5 bilhões.
Ao todo, a Via Varejo ainda aguarda a monetização de ativos de até R$ 4 bilhões em 2023. De acordo com a companhia dona das Casas Bahia, serão mais R$ 2,5 bilhões de créditos fiscais que, se o plano correr como o esperado, se tornarão dinheiro para a companhia. Essa quantia se somará com o R$ 1 bilhão pretendido pela empresa com a liberação de estoques e mais R$ 500 milhões em vendas de imóveis e outros ativos.
Durante uma conferência realizada com analistas nesta sexta-feira, o presidente da Via, Renato Horta Franklin, afirmou que espera capturar a partir de dezembro quase a totalidade dos benefícios de seu novo plano de negócios. De acordo com o chefe da empresa, essa previsão “não inclui a migração do financiamento do crediário para Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), que exigirá mais tempo”, afirmou ele.
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