O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (17) em alta de 0,76%, cotado a R$ 5,1670. A saber, esse é o maior avanço diário em mais de três semanas. No entanto, a moeda norte-americana segue bastante desvalorizada em 2022 ante o real, acumulando uma queda de 7,32% no ano.
O otimismo visto na véspera (16) em relação ao leste europeu deu lugar às incertezas nesta quinta-feira. Embora a Rússia tenha retirado algumas tropas das regiões de fronteira com a Ucrânia na última terça, não houve um desfecho para a situação.
Em suma, os soldados estavam fazendo exercícios militares e preocupando o mercado, mas a Rússia afirmou que os havia enviado de volta para as suas bases. No entanto, os Estados Unidos acusaram a Rússia de apenas movimentar os soldados para outras partes da fronteira, sem realmente retirá-los da região.
Aliás, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou ontem que a Rússia continua reforçando a presença militar nas fronteiras com a Ucrânia. “A Rússia ainda pode invadir a Ucrânia sem aviso prévio. As capacidades estão mobilizadas, e a presença militar é importante, superior a 100 mil soldados”, disse.
Dólar se fortalece com escalada da tensão global
Em momentos de incertezas geopolíticas e econômicas, os investidores tendem a recorrer ao dólar. Isso porque a moeda norte-americana é tida como um porto seguro para o mercado acionário. E foi justamente isso o que aconteceu quando houve a decretação da pandemia da Covid-19.
Em resumo, o real sofreu fortes perdas para o dólar em 2020 e seguiu apanhando em 2021. Contudo, o cenário deste ano é completamente diferente e a divisa brasileira vem recuperando parte das perdas dos últimos anos. Por falar nisso, o dólar está há cinco anos consecutivos acumulando ganhos frente o real.
Além disso, os investidores seguiram repercutindo a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. A saber, o documento revelou que o banco não elevará fortemente os juros no país nos próximos meses. Na verdade, o Fed afirmou que o aperto monetário ocorrerá de acordo com a divulgação dos dados econômicos nos próximos meses.
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