O dólar comercial encerrou o pregão desta terça-feira (3) com alta de 0,51%, cotado a R$ 5,1917. A saber, chegou a superar os R$ 5,27 no decorrer do dia, mas perdeu o ímpeto até o final da sessão. Com o resultado, a moeda americana reverteu a desvalorização ante o real e agora acumula leve alta de 0,09% na parcial de 2021.
Em resumo, o dia ficou marcado pela expectativa em torno da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que deve ocorrer amanhã (4). Na verdade, os últimos pregões evidenciaram o receio dos investidores com a provável elevação da taxa básica de juros do Brasil, a Selic.
O Copom definirá a política monetária do país, e os economistas projetam o aumento de 1,0 ponto da Selic na reunião. Como a inflação do país segue nas alturas, a expectativa é que ocorram mais elevações da taxa básica de juros no decorrer do ano.
Em suma, o aumento da Taxa Selic desaquece a economia, pois esse movimento também puxa consigo os juros praticados no país. Dessa forma, a oferta de crédito fica limitada, uma vez que a população precisará pagar juros mais caros pelos créditos adquiridos. E isso enfraquece a inflação, que tende a cair.
Veja o que mais influenciou a cotação do dólar no dia
Além disso, os últimos dias fortaleceram os temores dos investidores com a com a situação fiscal do Brasil. Em véspera de ano eleitoral e vendo sua popularidade cair a cada nova pesquisa divulgada, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na última sexta-feira (30) que o valor do Bolsa Família deve subir.
De acordo com ele, o programa assistencial deverá ter um aumento de 50% em seu valor médio, que atualmente é de R$ 192. Contudo, muitos operadores se perguntam de onde o governo irá tirar dinheiro para turbinar o programa. E o medo do calote nos precatórios voltou com força, uma vez que essa era a ideia para financiar o Renda Cidadã, no ano passado.
Por fim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, negou nesta terça-feira que os precatórios sofrerão calote. Aliás, Guedes informou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios deverá ser apresentada ao Congresso Nacional nos próximos dias. No entanto, afirmou que a proposta não consiste em calote. Resta aguardar para ver.
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