O dólar comercial começou a semana bem próximo da estabilidade. A leve alta de 0,03% o fez permanecer cotado a R$ 5,22, próximo da mínima do ano, registrada em 16 de janeiro, época em que o dólar custava R$ 5,2073.
Vale destacar que o dólar acumula em março uma queda de 3,73%. No entanto, ainda tem valorização de 0,79% em 2021 ante o real. Por isso, muitos analistas já previam um movimento mais tímido, visto que a moeda americana já está próxima do campo da subvalorização.
Na verdade, não houve muitos assuntos no dia para afetar a cotação da moeda americana. Em resumo, os investidores aguardam divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) para confirmar um posicionamento mais duro do BC sobre a inflação do país.
Para deixar claro, o mercado acredita que haverá uma nova elevação de 0,75 ponto percentual da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, em junho. Dessa forma, com uma taxa mais alta, o real passa a ter mais atratividade e, consequentemente, tende a ter mais valorização. E isso anima o mercado.
Dados internos influenciam movimento do dólar no dia
Além disso, o Banco Central (BC) divulgou as novas projeções realizadas por analistas do mercado financeiro através do Boletim Focus. A propósito, as estimativas para a inflação em 2021 continuam acima da meta, mas ainda dentro do limite definido para o ano.
Da mesma forma, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil também deve crescer mais neste ano. Em contrapartida, os analistas projetam que o dólar encerrará 2021 custando R$ 5,35, taxa menor que a da semana passara (R$ 5,40). Já a Selic continuou estável em 5,50%
Por fim, o mundo também aguarda dados vindos dos Estados Unidos. As expectativas também estão altas em relação à inflação no país norte-americano. A depender do resultado, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, poderá manter ou não os estímulos por mais tempo.
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