O dólar comercial voltou a fechar um pregão em alta. A saber, a moeda norte-americana subiu 0,13% na sessão desta terça-feira (8) e encerrou o dia cotada a R$ 5,2601. Apesar do avanço, a divisa segue acumulando desvalorização tanto em fevereiro (-0,85%) quanto na parcial de 2022 (-5,65%) ante o real.
Nesta terça, os investidores repercutiram a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Em suma, o comitê revelou que a inflação no Brasil deve estourar a meta de 2022. Caso ocorra, será o segundo ano consecutivo de estouro da meta.
Na semana passada, o Copom elevou os juros básicos do país para o maior nível em quase cinco anos. A taxa chegou a 10,75% ao ano para tentar segurar a inflação, que segue nas alturas no país.
Embora os juros já estejam em um patamar bastante elevado, o Copom também revelou que a inflação deve seguir mais alta que o esperado até 2023. Nesse cenário, o comitê também projeta mais avanços que o esperado. Resta esperar para ver se isso realmente acontecerá.
Juros altos no Brasil enfraquecem o dólar
Em suma, quanto mais altos os juros no Brasil, mais atraente fica o real. Isso aconteceu porque há um aumento da rentabilidade dos ativos atrelados à Selic, que passam a pagar mais. Dessa forma, o país se beneficia com o maior volume da entrada de recursos estrangeiros. Por consequência, o real também avança nessa cenário, em detrimento do dólar.
No cenário internacional, o dia ficou marcado pela tranquilidade. Contudo, vale ressaltar que as preocupações com a iminente invasão da Rússia à Ucrânia continuaram altas, mas não houve nenhuma novidade que fizesse os investidores buscar o dólar para se protegerem.
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