O dólar comercial encerrou o pregão desta terça-feira (13) subindo 0,09%, cotado a R$ 5,1799. No dia, o que mais repercutiu entre os investidores foi a divulgação dos dados da inflação dos Estados Unidos em junho. Dados internos também impactaram a cotação da moeda na sessão.
Em resumo, a inflação norte-americana subiu 0,9% no mês passado, superando a expectativa de economistas, que indicavam uma alta de 0,5%. Com o acréscimo desse resultado, a taxa do índice passou a acumular avanço expressivo de 5,4% nos últimos 12 meses.
Como era de se esperar, a elevação da inflação dos EUA tem o poder de impactar a política monetária do país. Em suma, uma inflação mais alta tende a significar também um padrão de vida mais elevado da população. E isso aumentou o medo dos investidores, uma vez que o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, pode parar de injetar estímulos na economia norte-americana, bem como elevar os juros praticados no país.
Dados internos ajudam a segurar alta do dólar
Esse temor varia a cada mês. Os dados da inflação assustaram, mas não conseguiram impulsionar o dólar de maneira expressiva nesta terça, porque dados internos ajudaram a fortalecer o real. Nesse caso, o Banco Central (BC) do país vem elevando a taxa básica de juros, a Selic, o que tende a tornar o mercado doméstico de renda fixa mais atrativo.
Na verdade, taxas mais altas de juros acabam trazendo capital estrangeiro para o Brasil, impulsionando o real frente o dólar. Como o BC elevou a Selic nas últimas três reuniões, economistas acreditam que a taxa seguirá crescendo no decorrer do ano. E esse sentimento conseguiu limitar o avanço do dólar provocado pela inflação dos EUA.
Por fim, o Banco Central também realizou um leilão de swap tradicional no dia. Em síntese, esta operação equivale à venda de dólares no mercado futuro. O leilão aconteceu para a rolagem de até 15 mil contratos, cujos vencimentos são de janeiro e maio de 2022.
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