O dólar ficou 0,58% mais caro nesta quinta-feira (15), fechando o dia cotado a R$ 5,1157. Este avanço eliminou cerca de um terço da perda registrada na véspera, quando a moeda tombou 1,81%. Agora, a divisa reduziu a queda acumulada na parcial de 2021 para 1,38% ante o real.
Vale destacar que no pregão de ontem (14), o que mais repercutiu entre os investidores foram as declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. Ele afirmou que o Fed segue focado na recuperação do mercado de trabalho americano e que continuará oferecendo “apoio poderoso” à economia norte-americana “até que a recuperação esteja completa”.
Em contrapartida, o resultado de hoje evidenciou as preocupações globais que ficaram de lado na sessão de ontem. Em primeiro lugar, muitos temem que a inflação dispare em diversos países, especialmente nos EUA. Além disso, o mundo aguarda o início da redução de estímulos econômicos, cujo início ocorreu por causa da pandemia da Covid-19.
Por falar na crise sanitária, ela ainda não está controlada. Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reportou um crescimento tanto nos casos quanto nos óbitos provocados pela Covid-19. Esse aumento interrompeu uma sequência de nove semanas consecutivas de queda nos números. Tudo graças à variante Delta do novo coronavírus, que é mais contagiosa e agressiva que as outras cepas.
Confira o que mais fortaleceu o dólar no dia
Ao mesmo tempo, a China divulgou os resultados do seu crescimento econômico no segundo trimestre deste ano. A saber, a segunda maior economia global cresceu menos do que o esperado no período. Em resumo, isso aconteceu por causa de números menos expressivos da atividade industrial e das vendas do varejo do país asiático.
Outros dois fatores que limitaram o avanço da economia chinesa foram o crescimento de novos casos da Covid-19 em diversas províncias do país e o aumento dos custos das matérias-primas. Por isso, muitos investidores temem que o melhor período da recuperação econômica global já tenha passado.
Por fim, o Banco Central também realizou pelo quarto pregão seguido um leilão de swap tradicional no dia. Em suma, esta operação equivale à venda de dólares no mercado futuro. O leilão aconteceu para a rolagem de até 15 mil contratos, cujos vencimentos são de janeiro e maio de 2022.
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