O dólar comercial terminou no azul na sessão desta terça-feira (9). A moeda americana passou o dia inteiro no campo positivo, subindo fortemente graças às incertezas internas, o avanço da pandemia da Covid-19 e a anulação das condenações do ex-presidente Lula. Aliás, a divisa chegou a alcançar R$ 5,8744 na máxima do dia, mas perdeu o fôlego e fechou o dia com leve alta de 0,23%, cotada a R$ 5,7919.
O principal fator externo que enfraqueceu a moeda no dia foi o recuo dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano. Em suma, as taxas passaram de 1,594%, maior nível em mais de um ano, para 1,552% na sessão de ontem (9). Ao mesmo tempo, há maior otimismo com o pacote de estímulos fiscais nos EUA, que recebeu a aprovação do Senado americano no último sábado (6). Por isso, está cada vez mais próximo de sua implementação. Em síntese, o programa contará com cheques diretos à população afetada pela pandemia da Covid-19 nos EUA.
Cenário doméstico ajuda a enfraquecer o dólar
No âmbito interno, a pandemia da Covid-19 continua avançando no país. O ritmo de vacinação segue lento, mas as infecções e mortes batem recorde recorrentemente. Para dar assistência aos mais vulneráveis, houve a decisão de trazer de volta o Auxílio Emergencial. E isso acontecerá através da aprovação da PEC emergencial, cujo relator é o deputado Daniel Freitas (PSL).
Muito se especulou sobre mudanças no texto da PEC antes de sua votação na Câmara dos Deputados. Isso porque o presidente Jair Bolsonaro vem pressionando para que o dispositivo exclua os policiais do congelamento de salários. No entanto, Daniel Freitas afirmou que não haverá modificações no texto da PEC Emergencial. E essa garantia tirou o ímpeto de alta do dólar, que acabou fechando o dia quase na estabilidade.
Por fim, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados do setor de serviços em janeiro deste ano. Em suma, houve alta de 0,6% em relação ao mês anterior. No entanto, o volume acumula retração de 8,3% nos últimos 12 meses.
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