O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (7) em alta de 0,52%, cotado a R$ 5,5160. A saber, esse é o maior valor da moeda norte-americana desde 20 de abril (R$ 5,5563). Hoje também foi o quarto dia consecutivo de avanço da divisa. Com o acréscimo do resultado, o dólar passa a acumular valorização de 6,34% no ano ante o real.
No dia, pesaram no mercado de câmbio tanto o cenário externo quanto o doméstico. Em primeiro lugar, os investidores seguem ansiosos pela divulgação dos dados do mercado de trabalho dos EUA. Estas informações devem ajudar o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, a definir em que momento haverá redução dos estímulos à economia do país.
Em resumo, o Fed faz a recompra de títulos públicos americanos desde março do ano passado. O maior objetivo do banco é manter a economia aquecida, uma vez que a pandemia da Covid-19 afundou diversas atividades econômicas em todo o planeta.
No entanto, dados recentes mostram que a economia norte-americana vem se recuperando fortemente. Por isso, o Fed já não vê tanta necessidade em continuar injetando estímulos no país. A expectativa é que o banco comece a reduzir os estímulos mensais, na ordem de US$ 120 bilhões, a partir de novembro.
Cenário doméstico preocupa e fortalece dólar
Além disso, os investidores também ficaram de olho no cenário doméstico. Com expectativas sobre a divulgação do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), a inflação do país, muitos deixaram o real de lado e recorreram ao dólar. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar as informações amanhã. Inclusive, a prévia da inflação já se mostrou bastante expressiva para setembro.
Por fim, o mercado também repercutiu o pedido de vista coletivo que adiou a votação da PEC dos Precatórios na comissão especial da Câmara dos Deputados para 19 de outubro.
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