O dólar fechou o pregão desta terça-feira (18) em alta de 0,61%, cotado a R$ 5,5598. Esse é o segundo avanço seguido da moeda norte-americana, que ainda acumula perda de 0,27% em 2022 devido à queda acumulada de 2,12% na semana passada.
Na sessão de hoje, as expectativas sobre o aumento dos juros nos Estados Unidos ficaram ainda mais fortes entre os investidores. Em resumo, a taxa de dez anos dos títulos americanos, tida como referência mundial para decisões de investimentos, tocou uma máxima de dois anos no pregão.
Além disso, o rendimento do Treasury de dois anos (título da dívida pública dos EUA) superou 1% pela primeira vez desde fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19. Nesse caso, o Treasury reflete as expectativas de curto prazo em relação aos juros nos EUA.
A propósito, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, já informou que os estímulos na economia americana chegarão ao fim em março. Aliás, o mês também deve trazer o primeiro avanço da taxa básica de juros do país desde a decretação da pandemia. E, quanto mais os investidores apostam na alta dos juros nos EUA, mais fortalecido fica o dólar.
Dados domésticos também influenciam dólar
No Brasil, o que mais repercutiu entre os investidores foi o protesto de servidores públicos federais em Brasília. Em suma, a manifestação ocorreu na porta do Banco Central. A saber, os servidores reivindicam um reajuste salarial de 28%.
O mercado teme aumento de salários, pois isso ocorre através de mais gastos públicos. Contudo, o Brasil já teve sua credibilidade fiscal bastante afetada no ano passado devido à promulgação da PEC dos Precatórios, cujo principal objetivo era financiar o Auxílio Brasil, ou seja, elevar os gastos do governo federal.
Diante desse cenário, os investidores preferiram se afastar do país na sessão de hoje.
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