O dólar comercial operou no azul no pregão desta sexta-feira (12) e encerrou o dia um pouco mais caro Em resumo, a moeda americana subiu 0,30% no dia e está cotada a R$ 5,5597. Houve diversos fatores nesta sexta que fortaleciam ou enfraqueciam a divisa ante o real. Contudo, ao fechamento da sessão, os pontos negativos acabaram pesando mais sobre o câmbio e o dólar subiu.
A saber, os investidores vêm repercutindo nos pregões os vários recordes superados de casos e mortes provocados pela Covid-19 no Brasil. Aqui, a vacinação continua num ritmo muito mais lento que o desejado. Diversos estados estão com seus sistemas de saúde entrando em colapso, o que faz pessoas morrerem em filas de espera por uma vaga em hospitais.
Além disso, muitos operadores estão preocupados com o governo do presidente Jair Bolsonaro. Na verdade, o receio envolve uma mudança na atuação do governo, através de uma guinada mais populista. Isso já vem sendo observado há algum tempo, com Bolsonaro realizando algumas interferências e tomando umas decisões. E o que realmente provoca medo no mercado é o crescimento da chance de Bolsonaro assumir uma postura com viés nacionalista, envolvendo a economia.
Também vale ressaltar que, no âmbito doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do varejo em janeiro. De acordo com o levantamento, o volume de vendas teve leve queda de 0,2% no primeiro mês de 2021. Apesar de ter sido uma variação bem tímida, foi suficiente para que o indicador ficasse negativo em relação ao mesmo mês de 2020. Assim, nessa base comparativa, o setor apresentou a primeira retração após sete avanços seguidos. E esses dados também pesaram no dia.
PEC Emergencial e estímulos dos EUA não evitam alta
Em suma, a conclusão da votação em segundo turno da PEC Emergencial na Câmara dos Deputados animou os investidores, e até enfraqueceu o dólar, mas não conseguiu evitar a sua subida. O dispositivo estabelece mecanismos para situações de descumprimento do teto de gastos públicos, bem como traz de volta o Auxílio Emergencial.
Por fim, a sanção, pelo presidente dos EUA, Joe Biden, ao pacote de estímulos fiscais de US$ 1,9 trilhão à economia americana também não conseguiu puxar o dólar para baixo. Na verdade, até o fez, mas não de maneira suficiente a apagar seus ganhos.
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