O dólar comercial fechou o pregão desta segunda-feira (9) em alta, após a invasão de bolsonaristas ao Congresso Nacional. O avanço interrompeu duas sessões de queda da moeda norte-americana. Aliás, na última sexta-feira (6), a divisa havia despencado 2,17%.
Em síntese, o dólar subiu 0,41% nesta segunda-feira, fechando o dia cotado a R$ 5,257. Embora tenha avançado, a moeda ainda acumula uma queda de 0,40% em 2023, ou seja, sua cotação está levemente menor que a do final de 2022.
A saber, o resultado desta segunda não chegou a causar pânico no mercado graças à rápida respostas das lideranças das instituições do país. De acordo com especialistas, os atos terroristas praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro não lograram êxito. Isso explica a pouca influência dos atos na cotação do dólar no pregão de hoje.
Contudo, há economistas temerosos, que acreditam na chegada de um viés negativo com a ação dos bolsonaristas. Em suma, há quem afirme que os atos terroristas de ontem (8) poderão enfraquecer os ativos nacionais por mais tempo, não sendo válido considerar apenas a sessão de hoje como parâmetro.
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Brasil no centro das atenções do mundo
A invasão ao Congresso Nacional ainda se faz muito preocupante, pois colocou o Brasil no centro das atenções mundiais. Isso porque muitos compararam a ação dos bolsonaristas com a invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos, há dois anos, devido à derrota presidencial de Donald Trump.
Houve duas principais diferenças entre as duas situações. A primeira se refere à democracia, que é bastante sólida nos Estados Unidos, mas bem recente no Brasil. Já a segunda tem a ver com o alvo dos ataques: enquanto a invasão nos EUA se voltou aos três poderes, o ataque no Brasil foi apenas ao Congresso.
“Talvez o resto do mundo tenha levado mais a sério essa ameaça antidemocrática do que o próprio Brasil e isso diz muito sobre a forma como o investidor internacional tende a reagir. É justamente por isso que ela não deve se resumir ao curto prazo”, afirmou Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, ao g1.
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