O dólar comercial fechou o pregão desta quinta-feira (3) em alta de 0,39% , cotado a R$ 5,2958. Com isso, a moeda norte-americana reduziu levemente as perdas na parcial de 2022, que ainda seguem expressivas em -5% ante o real.
A saber, os investidores passaram a semana atentos à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O encontro durou dois dias e definiu a elevação dos juros no Brasil. Aliás, o Copom elevou a taxa Selic em 1,5 ponto percentual (p.p.), para 10,75% ao ano, em linha com as projeções do mercado.
Em suma, quanto mais altos os juros no Brasil, mais atraente fica o real. Isso ocorre, porque a rentabilidade dos ativos atrelados à Selic passam a pagar mais. Dessa forma, o país se beneficia com o aumento da entrada de recursos estrangeiros. Por consequência, o real também avança nessa situação, em detrimento do dólar.
Por outro lado, os juros mais altos encarecem o crédito no país. Assim, o consumo da população acaba sendo afetado, bem como os investimentos produtivos. A consequência disso é o enfraquecimento do PIB brasileiro, do emprego e da renda do país.
Veja o que mais afetou a cotação do dólar nesta quarta
Houve aumento dos juros no Brasil, mas isso não aconteceu na Europa. Em resumo, o Banco Central Europeu (BCE) informou nesta quinta que a taxa de juros na zona do euro seguirá sem alteração. Atualmente, a taxa está entre 0% e 0,25%, apesar da forte inflação na região.
A saber, a meta do BCE para a inflação é de 2,0%. Contudo, a taxa chegou a 5,1% em dezembro de 2021. Embora os juros não tenham subido na zona do euro, a presidente do BCE, Christine Lagarde, não descartou o aumento dos juros ainda em 2022. O que vem impedindo isso é a preocupação com a estagnação econômica da região em caso de alta dos juros.
Por fim, o BC do Reino Unido elevou os juros de 0,25% para 0,5% ao ano. Aliás, o banco alertou que a inflação superará os 7% em breve.
Leia Mais: Santander Brasil encerra 4º trimestre com lucro de R$ 3,8 bilhões