Após dois pregões em queda, o dólar comercial voltou a subir nesta quinta-feira (9). A saber, a moeda norte-americana avançou 0,70% e fechou o dia cotada a R$ 5,5727. No entanto, a divisa ainda acumula perdas de 1,14% em dezembro, mas isso não altera a valorização expressiva de 7,43% ante o real em 2021.
Nos últimos dias, as preocupações envolvendo a nova variante da Covid-19, a ômicron, reduziram consideravelmente. Em resumo, dados iniciais sobre pessoas infectadas com a ômicron sugeriam que a cepa até escapa das vacinas, mas não provocava casos graves. Por isso, muitos estão acreditando que a variante pode trazer a imunidade de rebanho sem provocar grandes perdas.
Contudo, o que mais repercutiu no pregão de hoje foram as restrições que diversos países estão adotando para tentar conter a disseminação da ômicron. Embora as notícias inicias sobre a variante não sejam tão severas como imaginado no início, a sua transmissibilidade é bastante elevada.
Nesse cenário, os países estão preferindo manter a cautela e evitar o avanço descontrolado de casos da Covid-19 provocados pela ômicron. Por isso, os investidores preferiram buscar ativos seguros nesta quinta, como o dólar. Aliás, a moeda americana também registrou valorização no dia contra seis divisas fortes, como euro e libra.
Cena doméstica repercute e impacta cotação do dólar
Já no cenário doméstico, o que mais repercutiu entre os investidores foi a decisão do Copom em elevar a taxa de juros básicos do país pela sétima vez consecutiva. Em suma, a Selic alcançou o maior patamar em mais de quatro ano. Embora o mercado já esperasse por essa decisão, a confirmação traz preocupações sobre a retomada econômica do país.
Isso porque uma Selic mais alta acaba impulsionando os juros praticados no Brasil, em geral. Dessa forma, reduz o poder de compra do consumidor e desaquece a economia. O principal objetivo dessa medida é controlar a disparada da inflação, que segue nas alturas há tempos. No entanto, a incerteza para o futuro do país continua preocupando o mercado.
Além disso, o mercado ainda está atento à PEC dos Precatórios, aprovada na semana passada no Senado Federal. A proposta retornou à Câmara dos Deputados, onde já havia sido aprovada, pois sofreu alterações e passará por nova apreciação na casa legisativa.
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