O dólar voltou a disparar no pregão desta quarta-feira (28). Em meio à atenção dividida entre o cenário internacional e os problemas domésticos, a moeda norte-americana avançou 0,96% e fechou o dia cotada a R$ 5,6939. Com o acréscimo desse resultado, a divisa aumentou sua valorização ante o real em 2021 para 8,86%.
Do exterior, o que mais pesou no pregão foi o avanço da variante Ômicron no planeta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco provocado pela Ômicron segue “muito elevado”.
“Evidências consistentes mostram que a variante Ômicron tem uma vantagem de crescimento sobre a variante Delta, com um período de dois a três dias para duplicar-se, e aumentos rápidos de casos são vistos em vários países”, disse a OMS.
Aliás, a França bateu o recorde de casos de Covid-19 registrados em um único dia nesta quarta. A previsão do ministro da Saúde, Olivier Véran, é que o país pode chegar “a mais de 250 mil casos diários até o início do mês de janeiro”. Hoje, houve 179.807 novos casos da doença na França.
Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, chamou atenção para os internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no país. Segundo ele, a grande maioria destes pacientes foi infectada pela variante Ômicron e não tomou a dose de reforço da vacina.
Em meio a tudo isso, diversos países voltaram a adotar medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus. Esse cenário reduziu o otimismo dos investidores, afastando-os dos ativos de risco e impulsionando o dólar no dia.
Cenário doméstico também influencia dólar
Além disso, os operadores também repercutiram notícias domésticas nesta quarta. Em resumo, o índice que mede a inflação do aluguel disparou 17,78% no acumulado do ano. Apesar de expressiva, a taxa ficou menor que a registrada em 2020 (23,14%).
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) também revelou que o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 7,0 pontos em dezembro. No entanto, o índice permanece acima do nível registrado em fevereiro de 2020 (115,1 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19.
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