O dólar voltou a subir nesta quarta-feira (1º) em meio às expectativas com a divulgação de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. A moeda americana fechou o pregão em alta de 0,29%, cotada a R$ 5,1847. Com o acréscimo do resultado, agora tem leve queda de 0,05% na parcial de 2021 ante o real.
Em resumo, o que mais repercutiu entre os investidores foi a expectativa com dados vindos dos EUA. Nesta quarta, a ADP divulgou o Relatório Nacional de Emprego, considerado uma prévia dos dados oficiais do país. Aliás, o Departamento do Trabalho americano divulgará a quantidade de vagas criadas em agosto e a taxa de desemprego do país na próxima sexta-feira (3).
A saber, a ADP revelou que os EUA criaram 374 mil vagas no mês passado, número bem menor que as estimativas de analistas. Por se tratarem de levantamento distintos, que utilizam metodologias específicas, os dados da ADP e do Departamento do Trabalho dos EUA nem sempre são semelhantes. Assim, só resta aos investidores aguardarem a divulgação dos resultados oficiais na sexta.
Dados internos também impactam dólar
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 0,1% no segundo trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior. Esse resultado também frustrou as projeções de economistas, que acreditavam num crescimento de 0,2% na comparação trimestral.
Além disso, a crise hídrica no Brasil segue cada vez mais crítica. Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pediu à população que utilizem a energia elétrica de maneira consciente, reduzindo os desperdícios para que não haja desabastecimento no país.
“Para aumentar a segurança energética e afastar o risco de falta de energia no horário de maior consumo é necessário que a administração e o consumidor participem de um esforço inadiável de redução do consumo“, disse o ministro em pronunciamento transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão na noite de ontem (31).
Por fim, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alertou na semana passada que o país não será capaz de gerar energia elétrica suficiente para atender à demanda da população a partir de outubro. Dessa forma, o risco de apagões são mais reais que nunca.
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