O dólar subiu 0,48% no pregão desta terça-feira (4) e fechou o dia cotado a R$ 5,6895. Aliás, a moeda norte-americana chegou a superar os R$ 5,71 na cotação máxima do dia. Com o acréscimo desse resultado, a divisa passa a acumular valorização de 2,06% ante o real nesta semana.
Nesta terça, os investidores continuaram atentos ao avanço da variante Ômicron no planeta. Em resumo, houve mais de 2,4 milhões de casos registrados na véspera (3), recorde diário desde o início da pandemia da Covid-19. Na verdade, a Ômicron possui uma transmissibilidade nunca vista.
Os operadores também repercutiram a decisão da Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados (Opep+). Na reunião ocorrida nesta terça, a entidade decidiu manter a elevação da sua produção diária de petróleo em fevereiro para 400 mil barris. Em suma, a Opep+ aposta na melhora a curto prazo do cenário global com a Ômicron.
Alta dos juros nos EUA também influencia dólar
Em meados de dezembro de 2021, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, afirmou que as injeções na economia do país chegariam ao fim em março deste ano. O Fed também informou, à época, que deveria elevar três vezes os juros no país em 2022.
Contudo, os títulos norte-americanos tiveram um novo salto no pregão de hoje. Isso ajudou a fortalecer o dólar, uma vez que aumenta as pressões ao Fed de elevar mais vezes os juros no país. Em síntese, juros mais altos nos EUA valorizam a moeda americana, uma vez que torna a divisa mais atrativa aos investidores.
Na verdade, os juros mais elevados nos EUA tendem a fazer os títulos soberanos do país terem uma rentabilidade mais alta. A saber, esse é considerado o ativo mais seguro do planeta, ou seja, o ingresso de recursos nos EUA devem crescer. E isso fortalece o dólar por tabela.
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