O dólar comercial emendou a segunda alta seguida na semana. O preço da moeda americana pulou 0,92% e encerrou o pregão cotado a R$ 5,1737. Aliás, esta é a maior variação diária da divisa desde 20 de novembro, quando a alta chegou a 1,36%. Apesar da valorização de 0,98% na semana, o dólar vem acumulando perdas de 3,23% em dezembro, seguindo a retração de 6,82% no mês passado. Contudo, no ano, a moeda norte-americana tem apreciação de 29,03% frente ao real brasileiro.
A saber, o dólar apresentou um fortalecimento global nesta quarta-feira, dia 9. Da mesma forma que aconteceu em relação ao real, a moeda americana fechou acima dos pares emergentes da divisa brasileira, como o peso mexicano e o rand sul-africano. Além disso, também terminou o dia com leve alta frente divisas mais forte, como euro, libra e iene.
Veja o que provocou a alta do dólar no dia
No cenário externo, o avanço nas infecções e mortes provocadas pela Covid-19 fortaleceu a divisa americana no dia. Ou seja, o ambiente está bastante impróprio à tomada de risco, e os investidores aproveitam para recorrer ao “porto seguro” que é o dólar.
Ao mesmo tempo, os fatores políticos exerceram grande impacto no âmbito doméstico. Em suma, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que o governo não tem como aprovar o Orçamento de 2021 sem a PEC Emergencial votada. Ele chegou a dizer, em tom de ironia, que pensou em fazer um bolo para comemorar o aniversário de um ano da PEC sem aprovação.
Outro ponto de destaque teve relação com técnicos do ministério da Economia, que também estariam, supostamente, ponderando sobre o prolongamento do estado de calamidade do país e dos auxílios do governo em 2021. Caso isso aconteça, o risco de furo no teto de gastos é ainda maior. Assim, a situação fiscal do Brasil enfraquece o real brasileiro e pressiona ainda mais o câmbio, dando mais força ao dólar.
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