O dólar comercial encerrou o pregão desta terça-feira em leve alta de 0,27%, cotado a R$ 5,5716. Com o acréscimo desse avanço, a moeda norte-americana agora acumula valorização de 7,41% neste ano ante o real. E o que mais repercutiu entre os investidores nesta terça foi a reunião do Copom.
A saber, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniu nesta terça-feira (26) para definir os juros básicos do país. A decisão será divulgada amanhã, e os analistas projetam uma alta de 1,25 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic. Caso a previsão se confirme, a taxa Selic avançará para 7,5% ao ano, maior patamar desde dezembro de 2017, quando os juros do país também estavam em 7,5%.
Em resumo, o novo programa assistencial do governo, o Auxílio Brasil, vem aumentando os gastos públicos. O programa entrará em vigor no país a partir de novembro e disponibilizará R$ 400 aos beneficiários até dezembro de 2022. A propósito, o aumento de gastos públicos impulsiona a inflação do país, que está cada vez mais elevada.
Nesse cenário, o dólar até poderia cair, visto que uma Selic mais alta torna o real mais atraente. Contudo, isso não aconteceu hoje. Na verdade, os riscos fiscais do Brasil fizeram os investidores buscarem mais o dólar do que o real. E, mais uma vez, a divisa norte-americana encerrou o pregão no azul.
Veja o que mais influenciou o dólar nesta segunda
Nesta terça, o mercado ficou ainda mais preocupado com a inflação do país. Em suma, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a prévia da inflação de outubro variou 1,20%. A saber, esse é o maior nível para o mês desde 1995. E o que vem impulsionando essa forte alta inflacionária é a forte alta dos combustíveis.
Inclusive, a Petrobras anunciou ontem (25) mais um reajuste para a gasolina e o diesel. No ano, o diesel acumula forte alta de 65,3% nas distribuidoras do país. Por sua vez, a gasolina acumula um reajuste ainda mais expressivo no ano, de 73,4%. E essas disparadas respondem por grande parcela da alta da inflação no país.
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