O dólar comercial subiu 0,87% nesta quinta-feira (26) e fechou o dia cotado a R$ 5,2566. A saber, o avanço sucede duas quedas firmes, pressionadas pelo otimismo externo. Com o acréscimo do resultado, a moeda americana agora tem valorização de 1,34% ante o real em 2021.
Se o bom humor do mercado internacional prevaleceu nos últimos pregões, a expectativa com um evento na próxima sexta-feira (27) fez os investidores pisarem no freio. Na verdade, não é o evento em si que interessa os mercados, mas quem participará dele. A resposta para essa questão é Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.
Em resumo, o Fed se reunirá nos dias 21 e 22 de setembro para definir os novos rumos da política monetária dos EUA. Na última reunião, em 27 e 28 de julho, o banco decidiu manter inalterada a meta da taxa de juros de referência entre 0% e 0,25%. Da mesma forma, o Fed também manteve a compra de títulos no mesmo nível, de US$ 120 bilhões ao mês.
No entanto, a expectativa é que o banco anuncie em setembro quando começará a reduzir os estímulos na economia americana, bem como quando elevará os juros no país. E o mercado seguirá atento ao famoso simpósio econômico anual de Jackson Hole, do qual Powell participará.
A mudança na política monetária americana não anima os investidores. Em suma, eles estão aproveitando desde o ano passado a chuva de dólares e os juros baixíssimos, medidas adotadas pelo banco para ajudar o país a enfrentar a pandemia da Covid-19. Por isso, muitos operadores preferiram deixar os ativos de risco de lado nesta quinta e buscaram o dólar.
Divulgação de dados econômicos também influencia cotação do dólar
Além disso, uma revisão do escritório oficial de estatísticas (BEA) do Departamento do Comércio dos EUA revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano cresceu 6,6% no segundo trimestre. Esse avanço superou tanto os dados preliminares (6,5%) quanto o crescimento do trimestre anterior (6,3%). Contudo, vieram abaixo das expectativas de analistas, que indicavam numa alta de 6,7% no período.
Por fim, a Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que a confiança da construção cresceu em agosto, quarto avanço seguido. Assim, atingiu o maior valor desde março de 2014. Entretanto, o indicador de expectativas para os próximos meses caiu.
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