O dólar comercial fechou o pregão desta terça-feira (14) em alta de 0,65%, cotado a R$ 5,2578. Com o resultado, a moeda americana agora tem valorização de 1,70% em setembro e de 1,36% na parcial do ano ante o real. E o que mais pesou na sessão de hoje foi a piora do sentimento de risco no exterior.
Em resumo, a retomada econômica global continua preocupando, pois perde força nos últimos tempos. Após a decretação da pandemia da Covid-19, o planeta entrou em recessão, com poucas exceções. A expectativa era de recuperação das economias com o avanço da vacinação, mas isso não está acontecendo.
A saber, a Delta, variante mais transmissível já sequenciada do novo coronavírus, está elevando os casos e mortes no mundo. Os Estados Unidos voltaram à primeira posição no ranking global de mais óbitos provocados pela Covid-19, se aproximando novamente das duas mil mortes diárias. E tudo isso é preocupante, uma vez que o país é a maior economia global.
Além disso, o Departamento do Trabalho dos EUA informou hoje que a inflação no país desacelerou em agosto, apesar de continuar historicamente alta. Em suma, o que mais repercutiu foi a desaceleração, que também tende a indicar a perda de fôlego da recuperação da economia norte-americana.
Fatos internos também influenciam cotação do dólar
No cenário doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o setor de serviços cresceu 1,1% em julho na comparação com junho. O avanço é o quarto seguido e o indicador ficou ainda mais longe do nível de fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também afirmou nesta terça que o BC fará de tudo para segurar a inflação do Brasil. No entanto, ressaltou que isso não significa dizer que o banco mudará o plano de ação a cada elevação da taxa inflacionária no país.
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