O dólar subiu pelo segundo pregão seguido e alcançou o maior nível em mais de cinco meses. A saber, a moeda norte-americana fechou esta terça-feira (5) em alta de 0,72%, cotada a R$ 5,4840. Esse é o maior patamar desde 23 de abril, quando a divisa encerrou a sessão a R$ 5,4982.
Com o resultado de hoje, o dólar passa a acumular valorização de 5,72% na parcial de 2021 ante o real. Inclusive, a moeda passou a maior parte do dia no campo negativo. No entanto, conseguiu dar uma arrancada nos minutos finais e reverteu as perdas.
Em resumo, isso aconteceu devido ao nervosismo do mercado em relação às despesas do Brasil. Nesta terça, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a produção industrial do país caiu 0,7% em agosto, terceiro mês seguido de resultados negativos.
A expectativa é que a indústria repasse os custos dos insumos, que vêm crescendo nos últimos tempos. Isso deve acontecer principalmente com matérias-primas importadas e energia, segundo analistas. Aliás, os gargalos na cadeia global de oferta que estão prejudicando não só a produção industrial, mas diversos outros setore econômicos em todo o mundo.
Veja o que mais repercutiu no dia e impulsionou o dólar
No pregão de hoje, o dólar apresentou um desempenho mais fortalecido. Um dos principais motivos é o aumento dos juros da dívida americana a longo prazo, que voltaram a ultrapassar o nível de 1,5%. Nesse cenário, o dólar ganha força, porque os retornos financeiros crescem para os investidores que buscam a moeda norte-americana.
Em dias assim, os mercados emergentes sofrem ainda mais. Os problemas do Brasil já preocupam por si sós, e, com um impulso do exterior, fica quase impossível o real apresentar um desempenho melhor que o dólar. Aqui, há diversos problemas, como inflação alta, taxa básica de juros subindo e crise hídrica e energética. Por isso, não é de se estranhar que o real continue apanhando para o dólar.
Por fim, outra imobiliária chinesa corre risco de falência. Em suma, a Fantasia Holdings não cumpriu o pagamento de uma obrigação de dívida de US$ 205,7 milhões previsto para segunda (4). Essa notícia evidencia os grandes problemas que o setor imobiliário chinês enfrenta. Aliás, a Evergrande, segunda maior empresa do setor imobiliário chinês, segue enfrentando uma crise sem precedentes e preocupando o mundo.
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