O dólar comercial teve uma leve alta de 0,14% nesta sexta-feira, dia 11, após atingir o menor nível dos últimos seis meses na sessão de ontem. Com o resultado, a moeda americana está cotada a R$ 5,0446. E a elevação aconteceu, principalmente, por conta da cautela dos investidores em relação aos riscos, tanto internacionais quanto domésticos.
Em resumo, o impasse nas negociações envolvendo o Brexit continua causando receio nos mercados globais. A saber, Brexit é a junção das palavras British (britânico) e exit (saída). Nesse caso, em 2016, houve um referendo que contou com o voto da população do Reino Unido. O resultado apontou para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Contudo, de lá pra cá, essa novela ainda não teve fim. O bloco europeu não quer a saída do Reino Unido, porque teme que isso incentive outros países a abandonarem o bloco. O país, por sua vez, exige um tratamento melhor da União Europeia.
E toda essa situação fortalece justamente as divisas já fortes, como o dólar. A separação entre o país e o bloco, caso ocorra sem acordo, pode prejudicar as cadeias comerciais ao redor do mundo. A propósito, o prazo se encerra no próximo domingo (13) para que os negociadores da UE e do Reino Unido entrem em acordo.
Além disso, o acordo por um montante maior de estímulos à economia dos EUA não vai pra frente. Em suma, democratas defendem mais ajuda para estados e municípios, no valor de US$ 900 bilhões, mas os republicanos, que lideram o Senado americano, indicam US$ 500 bilhões.
Ao mesmo tempo, o avanço das infecções e mortes provocadas pela Covid-19 em todo o mundo ainda fortalecem a cautela dos investidores.
Cenário doméstico contribui para alta do dólar
Por fim, a situação fiscal do Brasil também pressiona o câmbio. Em síntese, o relatório da PEC Emergencial ainda está presente no radar dos mercados. De acordo com algumas matérias publicadas por jornais do país, haveria uma flexibilização do teto de gastos em relação a determinadas despesas em 2021. Ou seja, muitos veem o projeto como uma forma de burlar o teto de gastos. Contudo, o senador Márcio Bittar, relator da PEC, garantiu que está seguindo as diretrizes do ministro da Economia, Paulo Guedes, e que o tal relatório divulgados nos veículos de imprensa será apresentado apenas em 2021.
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