Enquanto o Ibovespa, principal índice acionário dispara nesta quinta (4), o dólar americano segue no vermelho. E há uma razão para ambos os movimentos: a aprovação da PEC Emergencial em primeiro turno no Senado Federal. A saber, o dispositivo pode tornar possível o retorno de parcelas do Auxílio Emergencial. Além disso, o dia também está marcado pela atenção às novas medidas de restrição adotadas por diversos estados para conter o avanço da pandemia da Covid-19.
Na noite de ontem (3), o Senado aprovou com folga, em primeiro turno, o texto da PEC Emergencial. Isso aconteceu porque a proposta prevê diversas medidas limitadoras em caso de descumprimento do teto de gastos. Para quem não sabe, esse teto limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior.
Diversos pregões recentes refletiram o receio com o retorno do auxílio emergencial, pois poderia significar uma piora na saúde fiscal do país, que vai mal das pernas há tempos. Os investidores torciam para que houve respeito ao teto de gastos, tido como a âncora fiscal do país atualmente. Ao mesmo tempo, temiam o impacto que essas novas rodadas do benefício poderiam causar nos cofres públicos. E, claro, qual mágica precisaria ser feita para que as despesas coubessem dentro do teto de gastos, sem pedaladas fiscais ou excepcionalidades. Agora, o texto mais enxuto parece ter agradado o mercado.
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Por volta das 12h, o dólar comercial recuava 1,17%, cotado a R$ 5,5997. No dia, apesar do otimismo com a PEC Emergencial, ainda havia muitas preocupações envolvendo a pandemia da Covid-19 no país. Diversos estados estão adotando novas medidas de restrição para conter o avanço da crise sanitária. Ontem (3), todo o estado de São Paulo entrou na fase vermelha, a mais restritiva da quarentena, que proíbe o funcionamento de serviços não essenciais. A medida será adotada de seis a 19 de março.
Por fim, a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou hoje a proibição do funcionamento de quiosques, boates e feiras de artesanato. Além disso, haverá restrição de circulação das pessoas das 23h às 5h. Estas medidas entrarão em vigor amanhã (5), seguindo até o dia 11.
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