O dólar comercial está operando em alta nesta quarta-feira (10). O dia está marcado por preocupações envolvendo o retorno do auxílio emergencial. Em resumo, a questão fiscal do Brasil, que se encontra mal das pernas há tempos, provoca receios gerais. O resultado é uma busca menor por ativos de risco no Brasil e o fortalecimento da moeda norte-americana frente o real. E isso é justamente o inverso do que está acontecendo no exterior.
A expectativa com as negociações sobre o plano trilionário do governo Joe Biden continua no radar dos mercados globais. O programa contará com cheques diretos à população afetada pela pandemia da Covid-19 nos EUA. Vale ressaltar que o aumento no ritmo das campanhas de vacinação em diversos países elevam os ânimos dos investidores. Aliás, a recuperação da economia global também aumenta o otimismo geral.
Ao mesmo tempo, na China, o índice de preços ao produtor avançou em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2020. Isso é um grande resultado, visto que, nessa base comparativa anual, essa é a primeira vez no período de um ano que o índice fica positivo. Além disso, o indicador conseguiu o maior avanço desde maio de 2019.
Retorno do auxílio fortalece dólar
Dessa forma, com as notícias internas negativas, apesar do otimismo do exterior, o dólar seguia em alta no dia. Por volta do meio-dia, a divisa americana avançava 0,30%, cotada a R$ 5,3988. E isso acontecia, principalmente, devido à insegurança envolvendo o retorno do auxílio emergencial. O benefício, que foi disponibilizado para as parcelas mais vulneráveis da população brasileira em 2020, ganha cada vez mais força para voltar. O problema, segundo os analistas, envolve a situação fiscal do Brasil, que continua muito delicada. Ao mesmo tempo, muitos não conseguem imaginar de onde o governo irá retirar dinheiro para financiar novas rodadas do auxílio. E o teto de gastos públicos, mais uma vez, corre risco de ser perfurado.
Por fim, também vale mencionar que o IBGE divulgou os dados do volume de vendas do varejo brasileiro em 2020. Em resumo, o setor varejista conseguiu crescer 1,2% em 2020 e emendou a quarta alta seguida. Essa notícia positiva também não conseguiu reverter a alta dólar.
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