O dólar comercial operou durante boa parte do pregão desta quarta-feira (26) em queda. A saber, a moeda norte-americana só conseguiu se recuperar no finzinho da sessão, após Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, sinalizar alta dos juros no país em março.
Em suma, o dólar subiu 0,14% e fechou o dia cotado a R$ 5,4421. Na parcial de janeiro, a divisa continua acumulando desvalorização, agora de 2,38%.
Nesta quarta, os investidores esperaram o anúncio da decisão do Fed sobre a política monetária do país. E o banco manteve a taxa de juros estável entre 0% e 0,25%. No entanto, o que mais repercutiu foi a confirmação do Fed sobre a primeira alta dos juros em março.
Muitos analistas acreditavam que o banco não elevaria os juros agora em janeiro. No entanto, tinham como certa a primeira elevação em março por causa da inflação mais elevada em quase 40 anos no país.
Além disso, vale destacar que o Fed também poderá elevar os juros mais vezes que o esperado neste ano devido. Na reunião anterior, o banco afirmou que haveria três altas dos juros neste ano. Contudo, analistas projetam cinco avanços neste ano.
Dados domésticos também influenciam dólar
Mais uma vez, o cenário internacional exerceu maior impacto na sessão, mas os investidores também ficaram atentos aos dados internos. Em suma, o mercado repercutiu os dados da prévia da inflação oficial, que subiu 0,58% em janeiro, taxa inferior a de dezembro (0,78%). A desaceleração ocorreu, principalmente, devido às quedas registradas pelos itens gasolina (-1,78%) e passagens aéreas (-18,21%).
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) também revelou que a inflação da construção acelerou no primeiro mês de 2022. Já a confiança do setor recuou em janeiro após alcançar o maior patamar em sete ano no mês anterior.
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