O dólar encerrou o pregão desta sexta-feira (3) mantendo a estabilidade, cotado a R$ 5,1835. Na semana, acumulou leve queda de 0,19%. E todos estes resultados refletiram o principal assunto da semana: a divulgação de dados do mercado de trabalho norte-americano em agosto.
A saber, o Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta sexta que o país criou 235 mil novos postos de trabalho no mês passado. Esses números ficaram bem abaixo das estimativas de analistas, que apontavam a criação de 728 mil vagas no período.
Em resumo, o relatório sucede as fortes quedas das projeções sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre. Aliás, a escassez de matérias-primas para diversos setores, especialmente o automobilístico, a recuperação da economia americana no trimestre.
Tudo isso fez os investidores se sentirem mais confiantes para buscar ativos de risco em detrimento do dólar. As expectativas com a redução de estímulos praticados pelo Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, diminuíram. Os dados mais fracos que o esperado do mercado de trabalho americano podem fazer o Fed revisar sua decisão de reduzir os estímulos ainda em 2021.
Investidores repercutem reforma do Imposto de Renda
No pregão, os investidores ainda repercutiram a aprovação da reforma do Imposto de Renda. De acordo com as novas regras, os lucros e dividendos serão taxados em 15%, quase três vezes maior que a alíquota antiga, de 5,88%. Ao mesmo tempo, o texto também extingue a possibilidade de distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Em suma, isso não agradou os investidores, que venderam em massa suas ações listadas na bolsa brasileira na véspera. Aliás, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou repetidas vezes ser “inadmissível” que os bilionários do país pagassem zero nesse quesito.
“Para quem está aumentando a tributação? Para lucros e dividendos. Se pagou na empresa, não pagou nada, pagou zero. Quem pagou foi a sua empresa. No Brasil, está cheio de gente rica e empresa pobre. O Brasil tem empresas extraordinárias, que sobreviveram a esse manicômio tributário nas últimas décadas”, disse Guedes semanas atrás.
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