O dólar comercial voltou a fechar o dia em queda. No pregão desta terça-feira (11), o recuo foi leve, de 0,12%, e manteve a moeda americana próxima à mínima do ano, de R$ 5,2073, registrada em 16 de janeiro. E o que puxou a divisa pra baixo foram, principalmente, fatores externos.
Em resumo, a principal notícia vinda do exterior girou em torno da inflação dos Estados Unidos. Isso porque o Federal Reserve (Fed), banco central americano, poderá antecipar o fim dos estímulos praticados desde março de 2020 caso os dados mostrem uma elevação do custo de vida nos EUA.
Isso vem causando preocupação entre os investidores, que desejam mais estímulos e taxas de juros mais baixas por mais tempo. Lembrando que o presidente do Fed, Jerome Powell, vem afirmando há meses que não haverá uma mudança abrupta envolvendo estas taxas.
Aliás, toda a tensão da espera na véspera, já que os dados devem vir à tona nesta quarta-feira (12), acabou derrubando a maioria das bolsas globais. Isso acabou repercutindo no mercado de câmbio do país, ajudando a enfraquecer o dólar frente o real.
Cenário doméstico também influencia cotação do dólar no dia
Além destes dados externos, o ambiente doméstico também trouxe dados que ajudaram a manter o dólar no campo negativo. Os investidores, que aguardavam a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), tiveram acesso ao documento nesta terça.
Em resumo, os operadores queria confirmar um posicionamento mais duro do BC sobre a inflação do país. E isso aconteceu, visto que a entidade financeira acredita numa “retomada robusta” da economia brasileira no segundo trimestre devido ao avanço nacional da vacinação contra a Covid-19.
Por fim, vale destacar que a ata do Copom também indica alta na taxa básica de juros, a Selic. Esta elevação acaba tornando o real mais atrativo, visto que proporciona mais ganhos aos investidores. Assim, a tendência é que o dólar perca ainda mais força no decorrer do ano.
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