O apetite global por ativos de risco voltou a mostrar força no pregão desta terça-feira (7). A saber, o dólar encerrou o dia em queda firme de 1,27%, cotado a R$ 5,6178. Embora tenha recuado na sessão, a divisa ainda acumula uma valorização expressiva de 8,30% ante o real em 2021.
Em resumo, o que mais elevou o otimismo dos investidores nesta terça foram notícias “menos severas” sobre a nova variante da Covid-19, a ômicron. Na semana passada, o planeta ficou temeroso com as novas notícias sobre a pandemia da Covid-19.
Isso porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia declarado a ômicron como uma variante de preocupação, além de ter afirmado que a cepa representa um “risco global muito alto”.
No entanto, todas estas preocupações perderam bastante força. Na verdade, a ômicron parece ser mais transmissível que outras variantes, mas não se mostra tão letal quanto elas. Inclusive, dados iniciais sobre pessoas infectadas com a variante ômicron sugerem que a cepa até escapa das vacinas, mas não provoca casos graves.
Fatores domésticos também enfraquecem dólar
Em suma, os investidores recorrem ao dólar, principalmente em situações de incerteza econômica. Como as notícias mais recentes são positivas, os operadores se sentem mais livres para buscar ativos de risco em países emergentes, como o Brasil. Aliás, nem mesmo os problemas domésticos afugentaram os investidores nesta terça.
A saber, o mercado segue atento à PEC dos Precatórios, aprovada na semana passada no Senado Federal. A proposta retornou à Câmara dos Deputados, onde já havia sido aprovada, pois sofreu alterações e passará por nova apreciação na casa legisativa.
Além disso, os investidores também estão atentos à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A expectativa é que o comitê eleve em 1,5 ponto percentual os juros básicos do país. Em síntese, quanto mais elevados os juros do país, mais atraente fica o real em detrimento do dólar. Isso também ajudou a moeda brasileira a avançar no pregão de hoje.
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