O dólar fechou o pregão desta terça-feira (8) em queda de 0,49%, cotado a R$ 5,0537. Com isso, a moeda norte-americana aumentou sua desvalorização na parcial de 2022 para 9,39% ante o real.
A saber, o mundo continua tenso com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que chegou ao seu 13º dia. Apesar de terem ocorrido encontros de representantes de ambos os países, ainda não há expectativa para o fim dos conflitos, que já deixaram centenas de mortos e feridos.
Este cenário caótico vem impactando a economia global, com os preços das commodities disparando. Por falar nisso, o Brasil é um dos maiores exportadores globais de commodities, e os conflitos no leste europeu estão incentivando os investidores a buscarem o país para aumentarem seus lucros.
Por isso que o dólar não tem conseguido subir nos últimos dias, apesar da tensão global. Aliás, as preocupações com as possíveis sanções em relação às exportações de petróleo da Rússia fortaleceram o dólar na véspera. Contudo, os preços elevados das commodities pesaram mais no pregão e enfraqueceram o dólar.
Vale destacar que os Estados Unidos proibiram a importação de petróleo e gás natural da Rússia. Isso fez os mercados ficarem ainda mais tensos, visto que a decisão deverá elevar ainda mais os preços do barril de petróleo, que já estão nas alturas. Como consequência, os combustíveis também devem ficar mais caros, afetando diretamente a população de todo o planeta.
Dados domésticos também repercutem no pregão
Embora o cenário internacional tenha se destacado na sessão, como vem acontecendo recentemente, os investidores também repercutiram a divulgação de dados domésticos. Nesta segunda, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a inflação da indústria brasileira subiu 1,18% em janeiro. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 25,51%.
Além disso, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) revelou que inflação medida pelo IGP-DI subiu 1,50% em fevereiro. Já o indicador de emprego da FGV recuou 1,4 ponto no mês passado, quarta queda consecutiva.
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