O dólar comercial encerrou o pregão desta quinta-feira (27) em queda de 0,35%, cotado a R$ 5,4228. Com o acréscimo desse resultado, a moeda norte-americana passa a acumular desvalorização de 2,73% na parcial de janeiro ante o real.
Na sessão de hoje, os investidores repercutiram a sinalização do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, em aumentar os juros no país em março. Aliás, o banco manteve a taxa de juros estável entre 0% e 0,25% nos EUA. No entanto, confirmou que a primeira elevação da taxa básica de juros ocorrerá em março.
A saber, muitos analistas cravavam que a primeira elevação ocorreria em março por causa da mais elevada inflação em quase 40 anos no país. E o anúncio do Fed confirmou estas previsões.
Na verdade, o Fed poderá elevar os juros mais vezes que o esperado neste ano. Na reunião anterior, o banco afirmou que haveria três altas dos juros em 2022. Contudo, analistas projetam até cinco avanços neste ano.
Além disso, os investidores também ficaram atentos a iminente invasão da Rússia à Ucrânia. Na véspera, o petróleo chegou a alcançar o maior valor em sete anos devido às tensões globais. Em suma, essa invasão pode afetar o setor energético global, do qual o petróleo faz parte.
Dados domésticos também influenciam dólar
O cenário internacional continuou impactando mais fortemente o pregão. No entanto, os investidores também ficaram atentos aos dados internos. A saber, o índice que mede a confiança da indústria brasileira caiu pelo sexto mês consecutivo. Aliás, as expectativas para o futuro continuam incertezas.
Por fim, o Banco Central (BC) fez um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional. O vencimento dos papéis é para 1º de abril deste ano. Em suma, o BC faz intervenções no mercado de câmbio em momentos de forte alta do dólar para enfraquecer a moeda.
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