O dólar comercial vem perdendo força nesta semana, a cada pregão. Na última segunda (1º), registrou uma queda leve de 0,40%. Já ontem (2), recuou 1,73% ao fim do dia. E as quedas nesta semana acontecem, principalmente, por expectativas vindas de Brasília. Além disso, o sentimento nos mercados externos contribuem para a moeda americana seguir no vermelho nesta quarta-feira (3).
Em resumo, há bastante otimismo vindo dos mercados internacionais. A saber, na Europa, o dia está positivo com a queda da volatilidade, provocada pela exaltação de investidores em compras de ações de varejo. Isso aconteceu devido ao avanço das negociações envolvendo o plano de estímulos dos Estados Unidos, de US$ 1,9 trilhão, para enfrentar a pandemia da Covid-19 no país.
Ao mesmo tempo, outra notícia vinda da Itália também aumenta os ânimos dos investidores no dia. O ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, foi indicado ao cargo de novo primeiro-ministro da Itália. Assim, Draghi tenta forma governo de coalizão no país italiano. Giuseppe Conte, antigo primeiro-ministro da Itália, renunciou no final de janeiro.
Cenário doméstico enfraquece dólar
Mas as notícias vindas do próprio cenário doméstico estão impactando mais fortemente o dólar na sessão de hoje. Em suma, o dia está marcado pela expectativa em relação ao andamento da agenda de reformas no Congresso Nacional. O resultado da vitória do deputado Arthur Lira (PP) e do senador Rodrigo Pacheco (DEM), ambos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro, continua repercutindo entre os investidores. A maioria acredita que haverá menos ruídos entre os poderes Executivo e Legislativo, e esperam que os presidentes das respectivas casas do Congresso Nacional aprovem cortes de gastos relacionados a transferências de renda.
Por volta das 10h50, o dólar caía 0,52%, cotado a R$ 5,33. E o que também contribuía para o resultado era o banco Santander, que reportou um lucro líquido de US$ 3,86 bilhões no último trimestre do ano passado. Dessa forma, o resultado anual chegou a US$ 13,47 bilhões, o que representa uma queda de 5% na comparação com o lucro alcançado em 2019. Nesse caso, vale ressaltar que o lucro nos últimos meses do ano veio acima do esperado pelos analistas.
LEIA MAIS
Ibovespa opera em alta novamente, puxado por balanços positivos
Petroleira britânica acumula prejuízo de US$ 20,3 bilhões em 2020