O dólar comercial mostra enfraquecimento nesta sexta-feira (5) no exterior. E, aqui no Brasil, a situação se repete, com a moeda americana apresentando queda firme no pregão. Há mais otimismo externo e muita atenção voltada aos Estados Unidos. A saber, os mercados aguardam dados sobre a criação de empregos lá. Cenário doméstico também impacta câmbio na sessão de hoje.
Em resumo, muitos investidores estão atentos à divulgação de informações vindas dos Estados Unidos em relação à criação de vagas de trabalho. Estes dados podem indicar que o momento mais duro da pandemia da Covid-19 no país ficou pra trás e que o mercado de trabalho da maior economia do mundo pode estar se estabilizando.
Além disso, as novas encomendas de produtos fabricados nos EUA também subiram mais que o esperado em dezembro. Dessa forma, dados positivos elevam os ânimos de todos, que aguardam atentamente desdobramentos sobre o pacote de estímulos do país norte-americano. A liberação do valor de US$ 1,9 bilhão para ajudar a economia do país contribuirá também para todo o mundo, visto que os Estados Unidos mantêm relações comerciais com quase todos os países.
Cenário doméstico também impacta dólar
Por aqui, uma declaração do presidente Jair Bolsonaro, afirmando que o governo federal não irá interferir nos preços da Petrobras, está fazendo as ações da companhia dispararem. De acordo com ele, há uma avaliação para estabelecer um valor fixo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. Ainda segundo Bolsonaro, o possível projeto também avalia a incidência do ICMS nos valores dos combustíveis vendidos nas refinarias.
Também vale lembrar que, ontem, o ministro Paulo Guedes afirmou que o auxílio emergencial pode retornar. Contudo, dessa vez, não será disponibilizado para todos os brasileiros que o receberam no ano passado. Segundo ele, apenas metade das pessoas que tiveram direito ao auxílio em 2020 o receberão novamente. E isso só acontecerá num ambiente de maior fortalecimento da saúde fiscal do Brasil e com o acionamento de “cláusulas necessárias”.
Em suma, os investidores estão acompanhando de perto essas discussões. O medo geral envolve a saúde fiscal do Brasil, que vai mal das pernas há tempos. Os mercados temem que mais gastos para financiar o auxílio possa afundar ainda mais o Brasil em dívidas. Aliás, muitos não sabem de onde o governo federal irá retirar recursos para viabilizar mais parcelas do benefício.
Por fim, nesse cenário, as notícias positivas prevaleciam e o dólar caía 1,63% por volta das 12h37, cotado a R$ 5,36.
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