O dólar comercial está operando com instabilidade nesta quinta-feira (11). No dia, os investidores repercutem a aprovação do projeto que prevê autonomia para o Banco Central (BC), que aconteceu ontem (10) na Câmara dos Deputados. Agora, o documento segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Também há bastante expectativa dos mercados globais com as negociações sobre o plano trilionário do governo Joe Biden. O programa contará com cheques diretos à população afetada pela pandemia da Covid-19 nos EUA. Vale ressaltar que o aumento no ritmo das campanhas de vacinação em diversos países elevam os ânimos dos investidores. Aliás, a recuperação da economia global também aumenta o otimismo geral.
Estas notícias enfraquecem o dólar. Por volta das 12h21, a divisa americana caía 0,04%, cotada a R$ 5,3693. A saber, na máxima do dia até o momento, a moeda já chegou a R$ 5,3958, enquanto a mínima ficou em R$ 5,3347. Isso mostra o quão instável o dólar está operando. E isso acontece porque, apesar das notícias positivas, que enfraquecem o dólar frente o real, há também fatores internos que preocupam os investidores.
Retorno do auxílio fortalece dólar
No cenário interno, preocupações envolvendo o retorno do auxílio emergencial continuam no radar. Em resumo, a questão fiscal do Brasil, que se encontra mal das pernas há tempos, provoca receios gerais. A propósito, o benefício, que foi disponibilizado para as parcelas mais vulneráveis da população brasileira em 2020, ganha cada vez mais força para voltar. O problema, segundo os analistas, envolve a situação fiscal do Brasil, pois muitos não conseguem imaginar de onde o governo irá retirar dinheiro para financiar novas rodadas do auxílio. Além disso, o teto de gastos públicos, mais uma vez, corre risco de ser perfurado.
Por fim, o IBGE divulgou os dados do volume de serviços em 2020. Em resumo, o setor foi o que sofreu os impactos mais negativos com a pandemia da Covid-19, e encerrou o ano com uma queda expressiva de 7,8%.
LEIA MAIS
Ibovespa opera em alta após aprovação da autonomia do Banco Central
Índices acionários de NY seguem direções opostas nesta quarta (10)