Não há como dizer que a pandemia da Covid-19 ficou no passado, ainda mais com a variante Delta. A saber, esta cepa é mais transmissível e vem elevando o número de casos e óbitos ao redor do mundo. Por isso, diversos investidores seguem preocupados. E o pregão de hoje (27) evidenciou a cautela dos operadores, que preferiram não fazer grandes apostas em relação ao dólar.
Em resumo, a moeda americana ficou estável em relação à última sessão, fechando o dia cotada a R$ 5,1755. Com esse resultado, a divisa passa a ter valorização de 4,08% em julho, mas a parcial de 2021 segue negativa, em 0,23%. A propósito, a expectativa com a reunião do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, dominou o sentimento dos investidores.
Vale destacar que o encontro do Fed possui muita importância para os mercados, uma vez que definirá a política monetária dos EUA. Os economistas acreditam que o banco manterá os juros estáveis entre 0% e 0,25% e continuará injetando estímulos na economia americana no mesmo nível atual.
Aliás, estas medidas vem sendo adotadas desde o início da pandemia, em março do ano passado. Isso mostra o quanto a crise sanitária ainda influencia as decisões dos governos mundiais. Por falar nisso, como a variante Delta continua preocupando, a expectativa é que as alterações na política monetária demorem ainda mais para ocorrer.
Dados domésticos também influenciam dólar
Ao mesmo tempo que os investidores ficaram de olho nos Estados Unidos, eles não tiraram a atenção do Brasil. Hoje, a Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que a confiança da construção subiu em julho, terceiro mês seguido de avanço. Assim, atingiu o maior patamar desde março de 2014.
Além disso, os investidores ainda repercutiram a elevação das estimativas para a inflação pelos analistas do mercado financeiro. A saber, esta foi a décima sexta semana seguida de projeção mais elevada. Por isso, acreditam que a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, subirá 1 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana.
Por fim, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano. Em suma, a economia do Brasil deve cresce 5,3% em vez de 3,7% como previsto anteriormente. No entanto, a economia mundial deve crescer 6,0%, mesma taxa da última previsão.
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