O dólar comercial registrou uma alta bem tímida nesta quarta-feira (3), mas suficiente para interromper os dois dias seguidos de fechamento no vermelho. O resultado não foi nem de longe suficiente para apagar as perdas da semana, que ainda acumula queda de 1,83%. E o que provocou as retrações mais intensa nesse início de semana foi a elevação do otimismo com as notícias vindas de Brasília.
Em resumo, a vitória do deputado Arthur Lira (PP) e do senador Rodrigo Pacheco (DEM), ambos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro, continua repercutindo entre os investidores. A saber, os parlamentares são os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Assim, acredita-se que haverá menos ruídos entre os poderes Executivo e Legislativo. Os investidores também esperam que os presidentes das respectivas casas do Congresso Nacional aprovem cortes de gastos relacionados a transferências de renda.
Aliás, vale ressaltar que o presidente Bolsonaro entregou uma lista de 35 prioridades aos novos presidentes das casas do Congresso Nacional. Destas, a mais urgente, como o próprio nome diz, é a PEC Emergencial, que objetiva cortar gastos no curto prazo. Além disso, venda de estatais continuam no foco, em especial a da Eletrobras, sem contar nas reformas tributária e administrativa, que não saem do radar dos mercados.
Menor busca por ativos de risco fortalece dólar
Ao mesmo tempo, houve uma redução global pela busca por ativos de risco. Em suma, os mercados externos continuam esperando mais estímulos e sinais de recuperação das maiores economias do mundo. E, enquanto o ritmo de vacinação continua lento em muitos países, muitos investidores acreditam que o melhor a se fazer é buscar o dólar.
Por fim, pares do real brasileiro também caíram no dia. Por exemplo, o peso mexicano e o rand sul-africano fecharam o dia no vermelho, ou seja, o dia não favoreceu os ativos de risco.
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