O dólar comercial iniciou a semana caindo 0,71% e está cotado a R$ 5,1737. Com essa queda, a moeda americana saiu do campo positivo para o negativo na parcial de 2021, e agora tem desvalorização de 0,26%. No entanto, a divisa ainda acumula valorização firme em julho, de 4,04%.
A saber, no pregão desta segunda-feira (26), fatores externos e internos impactaram a cotação da moeda. Em primeiro lugar, dados menos positivos vindos dos Estados Unidos em relação às vendas de novas moradias preocuparam os investidores. Por outro lado, estes dados acabaram fortalecendo a ideia de que os juros não subirão tão cedo.
Isso porque, na próxima quarta-feira (28), o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, se reunirá para discutir a política monetária do país. Em resumo, o banco já afirmou repetidas vezes que só elevará os juros quando a economia norte-americana mostrar sinais de crescimento robusto. Nesse caso, dados econômicos menos positivos tendem a fazer a instituição financeira manter a política monetária sem alterações.
Aliás, o Fed também vem injetando estímulos na economia dos EUA desde o início da pandemia da Covid-19. O objetivo destas medidas é ajudar a população americana a enfrentar os desafios provocados pela crise sanitária. E tudo o que os investidores querem é que o dinheiro continue sendo injetado, enquanto os juros seguem em níveis muito baixos.
Cenário doméstico também impacta dólar
Ao mesmo tempo em que os investidores seguiam analisando o exterior, eles também não tiravam os olhos do cenário brasileiro. Nesta segunda, analistas do mercado financeiro elevaram as estimativas para a inflação deste ano pela décima sexta semana seguida.
Em suma, a taxa inflacionária para o Brasil neste ano subiu para 6,56%, superando em muito a meta de 3,75% para 2021. Da mesma forma, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o dólar e a taxa Selic também avançaram.
Por falar na taxa básica de juros do país, a Selic, muitos investidores também seguem na expectativa pela próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que deve ocorrer na semana que vem. Assim como o Fed nos EUA, o Copom definirá a política monetária do Brasil. E a tendência é que a Selic suba pela quarta vez seguida.
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