O dólar comercial iniciou a semana em queda firme de 1,57%, cotado a R$ 5,3054. Nesta segunda-feira (31), as expectativas em torno da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) ditou os rumos da sessão.
A saber, essa é a menor cotação do dólar desde 22 de setembro do ano passado (R$ 5,3036). Aliás, com o acréscimo do recuo de hoje, a divisa acumulou uma desvalorização de 4,83% em janeiro, maior tombo mensal desde novembro de 2020 (-6,82%).
Em suma, o Copom anunciará na próxima quarta-feira (2) a nova taxa básica de juros do país. Na última reunião, em dezembro de 2021, o comitê elevou em 1,5 ponto percentual (p.p.) a taxa Selic, que passou de 7,75% ao ano para 9,25% ao ano.
Agora, as expectativas é de mais um avanço de 1,5 p.p., o que fará a Selic chegar a 10,75% ao ano. Com isso, a taxa voltará a superar os dois dígitos após quatro anos e meio. E esse cenário é bastante positivo para o real, pois eleva a rentabilidade do mercado doméstico de renda fixa.
Por outro lado, o dólar acaba enfraquecido no âmbito interno, visto que os investidores passam a buscar mais a moeda brasileira. Inclusive, o pregão desta segunda ficou marcado pela busca global por ativos de risco, o que também enfraqueceu o dólar.
Veja o que repercutiu no dia e influenciou o dólar
Na sessão de hoje, o BC divulgou as mais recentes projeções do mercado financeiro para indicadores econômicos do Brasil. Em resumo, os analistas elevaram levemente as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2022. A saber, o PIB brasileiro deve crescer 0,30% em 2022.
Os analistas também elevaram as projeções para a inflação do país, que deve encerrar o ano a 5,38%. Já para o dólar e a taxa Selic, as estimativas se mantiveram estáveis. No primeiro caso, os analistas acreditam que o dólar encerrará 2022 cotado a R$ 5,60, enquanto preveem que a Selic chegará a 11,75% ao ano em dezembro.
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