O dólar comercial iniciou a semana do jeito que vem encerrando os últimos pregões, em queda. Nesta segunda-feira (14), a moeda norte-americana recuou 0,43% e fechou o pregão cotada a R$ 5,2186. Com isso, passa a acumula uma desvalorização de 6,39% em 2022 ante o real.
Por falar nisso, o real é a divisa com o maior ganho em relação ao dólar, quando comparado aos seus pares. Em 2022, a divisa brasileira acumula uma forte valorização de 6,78% ante a moeda norte-americana. Isso equivale à uma queda de 6,35% da divisa estrangeira.
Aliás, o dólar recuou hoje para o menor patamar desde 6 de setembro do ano passado, quando fechou a sessão cotado a R$ 5,1764. No pregão de hoje, a divisa americana chegou a R$ 5,1953 na mínima do dia, mas conseguiu se recuperar um pouco das perdas no decorrer da sessão.
Projeções domésticas e cenário internacional impactam cotação do dólar
Nesta segunda, o dólar foi influenciado tanto pelo cenário doméstico quanto pelo exterior. Em suma, o Banco Central divulgou as novas projeções de analistas de mais de cem instituições financeiras sobre indicadores econômicos do Brasil.
A saber, os analistas elevaram suas estimativas para a inflação do país em 2022, que deve encerrar o ano em 5,50%. Esse nível supera o limite superior definido para a taxa inflacionária do país neste ano (5,00%). Inclusive, esta foi a quinta semana consecutiva de elevação da inflação.
Além disso, o mercado financeiro projeta uma expansão de apenas 0,30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. Esse é o mesmo valor projetado nas duas últimas semanas.
Já em relação ao dólar, os analistas reduziram suas estimativas para cotação da moeda, que deve fechar o ano cotada a R$ 5,58. Por outro lado, os economistas elevaram as projeções para a taxa básica de juros do país, a Selic. Aliás, o BC elevou a taxa para 10,75% ao ano no início deste mês, mas os analistas acreditam que a taxa chegará a 12,25% ao ano até o final de 2022.
Por fim, os investidores também repercutiram a situação do leste europeu, com a possível invasão da Rússia à Ucrânia. Nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sugeriu ao presidente russo, Vladimir Putin, que siga o caminho diplomático. As tensões na região cresceram consideravelmente nos últimos dias.
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