O dólar comercial iniciou esta semana no azul. A saber, a moeda norte-americana encerrou o pregão em alta de 0,39%, cotada a R$ 5,5410. Com o acréscimo desse resultado, a divisa passa a acumular uma valorização de 6,82% em 2021 ante o real. Em contrapartida, registra queda de 1,89% em novembro.
No dia, o que mais pesou entre os investidores foram os desdobramentos envolvendo a PEC dos Precatórios. Em resumo, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta em 1º turno na semana passada e a previsão indicava que a votação em 2º turno ocorreria nesta terça-feira (9).
Contudo, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, protocolou um mandado de segurança que questionao rito de votação da PEC. De acordo com o mandado, houve “vícios” na tramitação que precisam ser averiguados, pois representam “graves violações ao devido processo legal legislativo”, disse Maia.
Por isso, a ministra Rosa Weber, relatora no Supremo Tribunal Federal (STF) desta ação, estabeleceu um prazo de 24 horas para que a Mesa Diretora da Câmara e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), expliquem a votação em 1º turno da PEC dos Precatórios.
Diante de tudo isso, os analistas acreditam que a votação não ocorrerá amanhã. Isso aumenta os temores dos investidores, visto que a PEC consiste na principal aposta do governo federal para financiar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família. E, quanto mais tempo durar essa novela dos precatórios, mais riscos de o governo encontrar outras formas para fazer os pagamentos do benefício.
Projeções da economia brasileira pioram e fortalecem dólar
Além disso, o Banco Central (BC) divulgou nesta segunda as novas projeções do mercado financeiro para a economia brasileira. Em suma, os analistas elevaram pela 31ª semana consecutiva a estimativa para a inflação do país neste ano, que deve chegar a 9,33%.
Por outro lado, os economistas reduziram pela quarta semana seguida a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que encerrará 2021 subindo 4,93%, segundo as previsões. Já o dólar deve encerrar o ano cotado a R$ 5,50, enquanto os juros básicos do país alcançarão 9,25%.
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