O dólar iniciou semana em alta de 0,66%, cotado a R$ 5,3783. Com o acréscimo desse resultado, a moeda norte-americana agora acumula avanço expressivo de 4,04% em setembro, e de 3,68% na parcial de 2021 ante o real.
A saber, o que mais repercutiu no pregão de hoje não foi um assunto novo, mas um que faz morada na mente dos investidores: a política monetária. Aliás, o mercado seguiu atento tanto aos Estados Unidos quanto ao Brasil, tentando prever quais serão as próximas ações tomadas pelos bancos centrais de ambos os países.
Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) já sinalizou que reduzirá “em breve” a recompra de títulos públicos. Em resumo, o banco injeta US$ 120 bilhões na economia norte-americana mensalmente desde o início da pandemia da Covid-19. No entanto, afirma que o país já recuperou bastante das perdas provocadas pela crise sanitária e que está perto da hora de diminuir os estímulos à economia.
Cenário doméstico também influencia dólar
Além disso, os investidores não deixam de seguir atentos ao cenário doméstico. Nesta segunda, o Banco Central divulgou as novas projeções de analistas do mercado financeiro. Em suma, eles elevaram pela 25ª semana seguida as estimativas para a inflação do país, que deve encerrar o ano atingindo 8,45%.
Já as outras principais projeções econômicas mantiveram estabilidade. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 5,04% neste ano. Da mesma forma, a taxa básica de juros do país, a Selic, deve chegar a 8,25% ao ano, o que quer dizer que ela ainda subirá 2,0 pontos percentuais. E os analistas preveem que o dólar fechará o ano a R$ 5,20.
Para que isso aconteça, a moeda americana precisa cair 3,31% até o final de 2021. Não é um resultado difícil de ser alcançado. Aliás, o BC informou na semana passada que começará a realizar leilões de swap cambial tradicional. Em síntese, os leilões acontecerão nas segundas e quartas para manter o funcionamento do mercado de câmbio do país.
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