O dólar comercial fechou o primeiro pregão de março com leve queda de 0,07%. Assim, a moeda fechou o dia cotada a R$ 5,6008. Esse resultado ocorreu num dia marcado pelo otimismo das bolsas globais. Isso porque a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na madrugada do último sábado (27) o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão para a economia norte-americana.
Em resumo, o programa contará com cheques diretos à população afetada pela pandemia da Covid-19 nos EUA. E o objetivo do estímulo fiscal é fortalecer o enfrentamento contra a pandemia, bem como dar subsídios à população para superar as dificuldades deste momento. O pacote agora espera aprovação do Senado norte-americano.
Cenário doméstico impede queda expressiva do dólar
Contudo, apesar do exterior ficar marcado pela busca por ativos de risco, a situação no Brasil foi diferente. Isso porque não há como esquecer os riscos fiscais do Brasil. O retorno do auxílio emergencial aumenta a preocupação sobre a saúde fiscal do país, que está mal das pernas há tempos. O medo, nesse caso, envolve o teto de gastos, tido como a âncora fiscal do país atualmente, e o impacto que essas novas rodadas do benefício causarão nos cofres públicos. E, claro, qual mágica precisará ser feita para que as despesas caibam dentro do teto de gastos, sem pedaladas fiscais ou excepcionalidades
Por fim, vem a questão política do país para enfraquecer ainda mais o real. As interferências recentes de Bolsonaro na Petrobras estão provocando bastante desgaste político desde a semana passada. E, na última sexta-feira (26), o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, supostamente pediu demissão do cargo. Há algum tempo, ele e o presidente Bolsonaro vêm apresentando divergências. No entanto, vale ressaltar que não há um pedido formal de demissão. Aliás, o próprio Banco do Brasil informou que não houve pedido de renúncia de André Brandão. Contudo, o receio continuou forte no dia.
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