O dólar comercial iniciou o mês de agosto em queda. Pelo menos é esse o resultado do pregão na manhã desta segunda-feira (2). A moeda americana tombava 1,38% às 11h20, cotada R$ 5,1378. Na última sessão de julho, a divisa disparou 2,57% e acumulou valorização de 4,76% no mês ante o real.
Nesta segunda, a expectativa com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está ditando a cotação do dólar. Em resumo, as projeções de economistas apontam para a quarta elevação da taxa básica de juros, a Selic.
A propósito, a reunião do Copom acontecerá na próxima quarta-feira (4). No encontro, será definida a política monetária do país. Como a inflação segue nas alturas, a expectativa é de mais aumentos da Selic nas próximas reuniões.
Em suma, a elevação da Taxa Selic acaba desaquecendo a economia, uma vez que esse movimento também puxa consigo os juros praticados no país. Com isso, a oferta de crédito fica limitada, pois a população precisará pagar mais juros pelos créditos adquiridos. E isso enfraquece a inflação, que tende a cair.
Veja o que mais repercute no pregão desta segunda
Os investidores também repercutem o cenário político do país, que está cada vez mais instável. Amanhã (3), as sessões da CPI da Covid retornarão. A saber, a comissão vem analisando os atos e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia da Covid-19. E os desdobramentos da CPI só aumentam o desgaste do governo Bolsonaro.
Além disso, analistas do mercado financeiro elevaram as estimativas para a inflação deste ano pela 17ª semana seguida. A taxa está cada vez mais próxima dos 7,00%, valor muito mais alto que a meta para este ano, de 3,75%. Já a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve leve alta nesta atualização, bem como o dólar.